CRISES NÃO AVISAMLIÇÕES REAIS QUE PODEM SALVAR SUA EMPRESA DO FRACASSO
- Lets Go Marketing Digital
- 30 de abr.
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É fato que, uma gestão financeira deficiente pode expor a empresa a riscos sérios, como a incapacidade de honrar compromissos e, consequentemente, um endividamento crescente. Colaboradores, clientes e fornecedores logo percebem a deterioração dos produtos ou serviços, e a concorrência aproveita rapidamente o momento para conquistar uma fatia maior do mercado.
Um exemplo marcante desse cenário foi o da Varig, que durante décadas foi referência no setor de aviação brasileiro. A falta de controle rígido sobre custos, o endividamento desenfreado e a demora na adoção de práticas modernas de gestão levaram a companhia, outrora sólida, a perder espaço no mercado, culminando em sua recuperação judicial e, posteriormente, na sua extinção. O caso demonstra como o descuido financeiro pode ser fatal, independentemente do porte ou da tradição da empresa.
No entanto, a saúde financeira não é o único fator que determina a sobrevivência de um negócio. Conflitos societários, falta de controle de custos, crimes organizacionais e ausência de planejamento sucessório também podem comprometer uma organização.
A preparação de um Plano de Gerenciamento de Crises permite testar planos de contingência, identificar fragilidades e se antecipar a desafios reais. Quando a crise bate à porta, diversos gatilhos são acionados, problemas que quase sempre poderiam ter sido prevenidos ou mitigados com antecedência.
Ignorar a necessidade de se preparar para crises custa caro. A demora na tomada de decisões estratégicas pode comprometer a continuidade do negócio e, em muitos casos, condenar sua existência.
Ao longo da minha trajetória profissional, observei inúmeros exemplos de situações que poderiam ter sido prevenidas, ou melhor, conduzidas. No Brasil, historicamente, muitas empresas só buscam auxílio especializado quando a crise já se instalou. São recorrentes os casos em setores críticos como óleo & gás, mineração, aviação, indústria química e transporte rodoviário, entre outros.
A boa notícia é que, recentemente, cresce o interesse das empresas pela identificação das causas e dos efeitos das crises. Isso se deve tanto à pressão regulatória quanto à exigência crescente dos clientes por transparência e prevenção.
Maelcio Soares – Consultor Associado à Crisis Management
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